O plano de saúde está mudando – e os dados são os responsáveis
Durante muito tempo, plano de saúde era sinônimo de “uso em emergência”. Mas com a chegada de tecnologias como inteligência artificial e a cultura de dados, essa lógica mudou completamente. Hoje, dados, inteligência artificial e plano de saúde caminham juntos para criar um novo modelo de gestão: mais inteligente, eficiente e estratégico.
Neste artigo, você vai ver como dados estão revolucionando o setor da saúde, baseando-se em um exemplo prático da Unimed Blumenau, que foi apresentado em um episódio marcante do podcast DataEvo Cast. Uma conversa com Vitor Hellmann, Diretor Executivo da Unimed, que mostra o poder real da transformação digital com dados.
Prepare-se para insights práticos que vão além da área da saúde. Afinal, qualquer empresa pode aplicar esses aprendizados.
Quando controle vira cultura: o ponto de partida
A transformação começou com uma visão analítica. Vitor Hellmann, com formação em contabilidade e vivência em auditoria, trouxe para a gestão da Unimed Blumenau uma cultura baseada em controle e dados.
Ao sair de um ambiente onde o controle era absoluto e entrar em um cenário de decisões humanas e complexas, ele percebeu que o verdadeiro desafio era a gestão de pessoas.
“Gerir pessoas é o maior desafio que existe. Mais difícil que processo, mais difícil que indicador.” – Vitor Hellmann
Esse entendimento foi crucial para implementar uma nova cultura: a da tomada de decisão orientada por dados, começando pela área mais sensível da operação.
Identificando gargalos invisíveis com dados simples
Um dos primeiros resultados dessa nova cultura foi a detecção de um problema básico, porém milionário: materiais médicos usados e não cobrados corretamente.
Com uma simples análise de planilhas usando PROC V, a equipe cruzou os itens consumidos com os itens faturados. O resultado? Recuperação de receita significativa.
Dica prática: Na sua empresa, será que o que sai do estoque corresponde exatamente ao que entra na nota fiscal? Talvez esteja perdendo dinheiro por falta de análise.
Cultura de dados: mais do que tecnologia, é rotina
Implantar cultura de dados vai muito além de instalar um BI bonito. Significa criar uma rotina em que a análise de dados esteja integrada ao dia a dia da operação.
Na Unimed Blumenau:
- Todos os dias, às 7h30, o diretor recebe indicadores atualizados
- Ferramentas como Click View, Excel e Tazi (ERP brasileiro para saúde) são utilizadas
- A tomada de decisão acontece com base em dados reais, não em achismos
Reflexão: Sua empresa usa BI como decoração de reunião ou como ferramenta para prever problemas e antecipar soluções?
Dados como inteligência de negócio
O próximo passo foi ousado: operar os dados com inteligência e criar laboratórios próprios. Essa decisão estratégica foi baseada em dois objetivos:
- Reduzir custos com exames
- Ter acesso direto aos dados dos resultados, sempre respeitando a LGPD
Com essas informações, foi possível identificar padrões, prever surtos e aplicar medicina preventiva.
“Deixamos de ser só um plano de saúde. Viramos operadores de saúde.” – Vitor Hellmann
Aplicação imediata: Você pode não ter um laboratório, mas será que está realmente analisando os dados dos seus relatórios? Ou apenas “bate o olho” e segue em frente?
Inteligência Artificial no plano de saúde: da teoria à prática
Com tanto dado à disposição, o uso de inteligência artificial se tornou um caminho natural. E não estamos falando apenas de chatbot.
A Unimed já usa IA para:
- Prever manutenção de equipamentos
- Identificar padrões de saúde na população
- Atuar com medicina preditiva
Tudo isso é feito por uma equipe interna de tecnologia, com cientistas de dados que vieram das áreas de negócio, mostrando que IA não é apenas para quem tem formação técnica — mas para quem entende o problema.
Conclusão lógica: IA não é sobre tecnologia. É sobre inteligência aplicada a problemas reais. O software só é útil se você souber o que quer resolver.
Aquisição estratégica com base em dados
Uma das decisões mais impactantes foi a compra do Hospital Santa Catarina. Para muitos, isso poderia parecer uma jogada arriscada. Para a Unimed, foi apenas uma consequência lógica da análise de dados:
- 70% dos atendimentos da Unimed já aconteciam no hospital
- 90% da receita do hospital vinha da Unimed
Ou seja: era mais barato comprar do que continuar pagando. A aquisição permitiu negociação direta com fornecedores e redução nos custos com OPME (órteses, próteses e materiais especiais).
Insight: Dados não servem só para relatórios bonitos. Eles fundamentam decisões estratégicas com impacto direto no lucro.
Inovação de verdade vem de dentro
Nem toda inovação precisa vir do topo. Na Unimed, um programa chamado Desbloqueia permite que qualquer colaborador proponha melhorias. As ideias mais valiosas são premiadas, reconhecidas e implementadas.
Inspiração simples: Já perguntou ao estagiário do financeiro se ele tem uma sugestão? Às vezes, a melhor solução vem de onde você menos espera.
Quer aplicar tudo isso na sua realidade?
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Conclusão: ou você domina os dados, ou será dominado
A história da Unimed Blumenau mostra que, com dados, inteligência artificial e um bom plano de saúde, é possível reinventar o modelo de gestão. Mais do que isso: é possível transformar uma empresa inteira.
Não importa o seu setor. O que importa é ter visão e preparo para usar os dados a seu favor.
Porque no fim das contas, quem não mede, não controla. E quem não controla… dança.
Forte Abraço






