O burburinho tá rolando solto: “Power BI morreu?”, “Power BI vai acabar?”, “Ainda vale a pena aprender Power BI em 2025?”
A cada nova ferramenta de inteligência artificial, parece que alguém sobe no palco com um caixão e começa a tocar marcha fúnebre.
Mas antes de apagarem as luzes e fecharem a tampa do caixão, vamos falar a real. Esse enterro tá acontecendo muito antes da hora.
Neste artigo, vamos expor com detalhes o cenário atual do Power BI, os motivos do “alvoroço”, o impacto da inteligência artificial e, principalmente, o que vocês analistas de negócio, que vivem no Excel, Power BI e planilhas precisam fazer para não virarem as próximas vítimas desse mal-entendido.
Vamos direto ao ponto, sem enrolação, com paralelos reais do escritório e uma pitada de sarcasmo. Porque vocês merecem clareza e talvez um tapa de realidade também.
O começo da confusão: onde nasceu o boato de que o Power BI ia acabar?
Tudo começa com a febre da inteligência artificial generativa.
Aquela mesma que prometeu que vocês nunca mais iam escrever um e-mail na mão, criar um slide ou até preparar o próprio almoço.
E no meio dessa euforia, surgiu o papo de que agora a IA cria relatórios sozinha. E como num passe de mágica, aparece alguém gritando:
“Se a IA faz tudo sozinha, então… pra que Power BI?”
A mesma coisa aconteceu com o Excel lá em 2015. Lembram? “Excel vai morrer”.
Spoiler: não só não morreu, como virou um Fênix. Todo ano anunciam a morte e ele volta ainda mais poderoso.
Agora chegou a vez do Power BI.
Mas por que essa teoria se espalha tão rápido? Simples: porque tem muito influencer e vendedor de curso milagreiro vendendo facilidades que não existem.
Gente prometendo dashboards automáticos, gráficos gerados por comando de voz, relatórios que se atualizam sozinhos…
A verdade? Tudo muito raso. Tudo muito incompleto.
Assim como todo aplicativo “revolucionário” que promete substituir o Excel, mas só funciona direito até a segunda planilha.
Como esse papo surgiu? Spoiler… Foi influenciador vendendo hype
Durante o DataEvo [ Cast ], ficou evidente que essa ideia de que o Power BI morreu nasceu do sensacionalismo promovido por vídeos superficiais, criados unicamente com o objetivo de atrair cliques, curtidas e seguidores.
É claro que muitos desses criadores estão vendendo cursos. Também é evidente que querem parecer visionários. Contudo, quando a conversa se aprofunda em temas como modelagem de dados, RLS, tabelas fato e dimensão, o discurso se perde. E a falta de conhecimento aparece.
Felizmente, eu (Joviano Silveira) e o Gerson Viergutz fomos extremamente precisos em afirmar:
“O Power BI só morreu pra quem nunca soube usar direito.”
Essa frase resume a essência da discussão. O Power BI não morreu. Muito pelo contrário. Ele está mais vivo do que nunca, ainda que tenha assumido novas formas.
Será que você caiu no mesmo erro que matou (de mentira) o Power BI?
Sim. Vamos ser sinceros. Talvez a culpa também seja um pouco nossa. Ou melhor, de quem usa a ferramenta de forma errada.
Quantas vezes vocês já viram isso no escritório?
- Tabela com nome
CT2_line_versão_final_V4_finalíssima_uso - Dashboard com 86 abas, nenhuma com filtro funcional
- Relatório que pesa 300 MB porque o “analista” resolveu importar tudo, até as linhas em branco
Não é à toa que tem gestor dizendo que “Power BI é lento”, que “não serve pra nada” ou que “não traz resultado”.
O problema é a execução. É gente que aprendeu a fazer gráfico bonito, mas não sabe modelar dado nem garantir segurança da informação.
E aí veio a IA e escancarou tudo
Com a inteligência artificial generativa evoluindo, muitos acharam que finalmente podiam se livrar dessas dores.
Mas esqueceram de um detalhe fundamental: IA não conserta modelagem bagunçada.
Imagina perguntar pra IA:
“Qual o faturamento do cliente Gerson no mês 6?”
E o modelo de dados ter colunas sem nome, tabela chamada fato_analise_copia_3 e relacionamentos errados.
Nem a IA do Pentágono resolve isso.
Aliás, falando no Pentágono, sabiam que tem IA brasileira sendo usada lá dentro, desenvolvida em Python? Pois é. E mesmo assim, precisa de dados organizados.
Porque IA não faz milagre.
Mas… e o tal botão “criar relatório automático”? Isso não vai substituir o analista?
Sim e não.
Quem só sabe arrastar gráfico e fazer firula visual no Power BI, sinceramente, vai ser substituído sim.
O que a gente chama de “criador de relatório” o carinha que só recebe as medidas prontas e monta um painel bonitinho, esse está com os dias contados.
Agora, quem entende de negócio, modela dados com qualidade, sabe aplicar regras de segurança (como RLS) e constrói modelos de dados robustos…
Esses não só continuam relevantes como se tornam indispensáveis.
Resumo: A IA mata o executor repetitivo, mas não substitui o analista estratégico.
Tá, mas e os riscos? Existe alguma verdade na ideia de que o Power BI vai ser aposentado?
Vamos deixar algo bem claro:
O Power BI não está sendo descontinuado. Não vai acabar. Nem ser substituído.
Na verdade, ele está se reinventando. E rápido.
A Microsoft tá metendo inteligência artificial até no botão de salvar.
Já temos recursos como:
- DAX Query View: IA ajudando a criar e explicar medidas
- Data Agent: chat no estilo WhatsApp/Teams pra perguntar sobre dados
- Copilot no Power BI Service: que ajuda com resumo de gráficos e dashboards
- Lakehouse + DirectLake: combinação poderosa pra trabalhar com grandes volumes de dados com performance absurda
Enquanto tem gente chorando a morte da ferramenta, ela tá se transformando em uma central de produtividade orientada por IA.
E detalhe importante: todas essas melhorias só funcionam se os dados estiverem organizados.
O que tá morrendo, na verdade, é a ideia de que qualquer um pode virar especialista arrastando gráfico
E aqui tá a virada de chave que vocês precisam fazer:
Se vocês ainda acham que Power BI é sobre fazer gráfico bonito, estão parando no tempo.
As empresas hoje não querem mais o “carinha do Excel”, querem o “manjador de dados”.
Querem quem entenda de:
- SQL
- Power Query
- Python
- Modelagem dimensional
- Governança de dados
E mais do que isso: querem gente que sabe fazer pergunta certa e traduzir número em estratégia de negócio.
Essa é a real profissão do presente, e do futuro.
Mas o fulaninho do Instagram disse que agora tudo é no Looker, Metabase, Streamlit…
Pode até ser, dependendo do contexto. Mas vamos encarar os fatos:
No Brasil, o Power BI ainda é líder absoluto em adoção no mercado corporativo.
A curva de aprendizado é menor. A integração com Office é nativa. A comunidade é gigante.
E a Microsoft tá atualizando a ferramenta todos os meses com recursos cada vez mais poderosos.
Quem não gosta de pagar licença? Beleza.
Quer usar ferramenta open source como Metabase? Ótimo. Mas se prepare pra colocar a mão no código, cuidar de servidor, garantir segurança dos dados, e pagar o preço (em horas e suor) por não investir em uma solução SaaS.
Resumo: O Power BI ainda entrega o melhor custo-benefício para 95% das empresas.
E a performance? Ah, agora vocês vão querer tretar mesmo
Muita gente adora dizer que Power BI é pesado. Que Power Query é lento. Que carregar muitos dados mata o modelo.
Mas vamos lá:
- Você tá importando 80 milhões de linhas cruas pra fazer um gráfico de faturamento mensal?
- Tá calculando o razão contábil direto na visualização ao invés de usar um modelo incremental?
- Tá usando
CALCULATE(FILTER(ALL(SELECTEDCOLUMNS()))em TODA medida?
O problema é a receita, não a cozinha.
Ferramentas como DirectLake, Hybrid Tables e modelos compostos estão aí pra lidar com volume.
Mas precisa entender a base antes de sair culpando a ferramenta.
As empresas não vão abandonar o Power BI do nada
Sabe por quê?
- Legado: tem empresa com mais de 10 anos de dashboards construídos no Power BI
- Integração nativa com Azure, Excel, Teams, SharePoint, etc.
- Ecossistema seguro, com RLS, backups, histórico e toda uma estrutura de governança
Migrar tudo isso pra uma plataforma nova é como trocar o motor de um avião… em pleno voo.
Só porque saiu um app novo no Instagram? Por favor, né.
Os dados estão mais valiosos que nunca. E cada vez mais nas mãos dos analistas
A tendência clara é:
- Empresas criando seus próprios DWs
- Times de finanças, contabilidade, RH usando SQL e Python
- Automatização pesada com Power Query, DAX e scripts
E a grande estrela disso tudo?
Não é o gráfico. É o dado.
O futuro é do analista de negócio que entende do jogo, traduz dados em valor e domina as ferramentas certas.
Power BI não morreu.
Mas a superficialidade, sim.
Quer assistir esse Podcast? Veja o vídeo completo no nosso canal
Este artigo é apenas um resumo insano de uma conversa ainda mais insana.
No vídeo completo, tem muito mais: exemplos práticos, analogias criativas, boas doses de humor e insights valiosos para quem quer realmente evoluir como analista de dados.

Acesse o canal, assista o episódio inteiro e compartilhe com aquele amigo que ainda acha que o Power BI morreu. Ele precisa muito ver isso. Sério.
E se quiserem dar o próximo passo e se tornarem analistas de verdade…
A Formação DataEvo é o atalho entre onde vocês estão e onde precisam chegar.
Vocês vão aprender não só a dominar Power BI, mas também SQL, DAX, Python e Power Query de forma aplicada ao dia a dia real das empresas.
Chega de ser o “fazedor de gráfico”;
Ou de depender de alguém da TI!
Chega de correr risco por não saber aplicar segurança ou modelagem.

Aprendam a automatizar suas tarefas, ganhar tempo, reduzir erros e mostrar resultado.
Porque no fim do dia, quem sabe de dados manda no jogo.
Power BI morreu? Só se for na cabeça de quem nunca entendeu a ferramenta
O Power BI está mais vivo do que nunca.
Está se adaptando, evoluindo e assumindo seu lugar como centro de decisão estratégica nas empresas.
O que está morrendo é o analista que se recusou a evoluir junto.
Aquele que parou na estética e ignorou a lógica.
A pergunta não é se o Power BI vai morrer.
A pergunta é: vocês vão evoluir com ele ou vão ficar pra trás?
A escolha, como sempre, é de vocês.
Forte Abraço!





