Usar dados para automatizar decisões é uma necessidade urgente. E não estamos exagerando.
Em pleno 2025, ainda tem empresa milionária operando como se estivesse em 2005. Sim, com planilhas enormes, lentas, inconsistentes e por que não dizer? Perigosas!!
Mas calma, você não está sozinho. Se você é aquele analista que passa o dia consertando PROCV, apagando colunas “temporárias” e torcendo para a fórmula não quebrar antes da reunião com a diretoria, respira. Aqui você vai entender como mudar esse cenário.
Esse artigo é baseado em um episódio do podcast DataEvo [ cast ], onde Joviano Silveira e Thiago Busarello destrincharam tudo o que rola (e o que dá errado) quando a empresa não sabe usar seus próprios dados. Ou pior: usa errado.
Prepare-se para se enxergar aqui e, com sorte, evoluir.
De planilheiro a estrategista: o novo perfil do analista
Saber como usar dados para automatizar decisões começa com uma mudança de mentalidade.
Antigamente, o “cara do Excel” era aquele que resolvia tudo com fórmulas malucas, abas escondidas e arquivos que só abriam se você fechasse o Chrome antes. Mas o jogo virou.
Hoje, o analista que se destaca é o que entende de dados e de negócio. Ele não apenas monta planilhas: ele orienta decisões, prevê problemas, identifica oportunidades e gera impacto financeiro real.
Foi exatamente isso que o Thiago fez, mesmo antes do Power BI se popularizar. Ele criou sistemas internos baseados em Excel, mas que já entregavam valor para a empresa e segurança para a tomada de decisões.
O apego emocional às planilhas é um veneno silencioso
“Ah, essa planilha é do Seu Osvaldo. Tem mais de 10 abas, mas só ele entende.”
Quantas vezes você já ouviu isso?
Pois é. O que era para ser um controle se torna um cativeiro. Ninguém sabe como funciona, mas ninguém quer mudar porque… “sempre foi assim”.
Esse tipo de apego trava o crescimento da empresa. E, pior, cria zonas de conforto disfarçadas de eficiência. A verdade? É impossível automatizar decisões se a base do seu processo ainda depende de uma planilha emocional que quebra só de olhar.
BI não é gráfico bonito. BI é controle.
Muita gente ainda acha que Business Intelligence serve apenas para criar dashboards coloridos com gráficos de pizza em degradê. Nada mais distante da verdade.
A função do BI, e aqui vale repetir, é mostrar a realidade de forma clara, direta e acionável. Se o seu relatório não está gerando tomada de decisão, ele é inútil.
E pior: em algumas empresas, quando os dados aparecem, o pânico se instala.
“Mas como assim a margem está negativa?”
“Não pode ser que a entrega esteja com 28 dias de atraso.”
Pode sim. E está.
Por isso, quando você entender como usar dados para automatizar decisões de verdade, precisa estar pronto para encarar a verdade que eles mostram. Porque nem sempre ela é bonita.
Dados são como espelho: mostram o que você não quer ver
Sabe aquela olhada no espelho antes de sair de casa? É melhor do que descobrir no elevador que você está com batom no dente ou camisa amassada.
Com os dados é a mesma coisa.
Quando você começa a integrar BI, Excel, banco de dados e automação, coisas escondidas começam a aparecer. Coisas como:
- Margens distorcidas
- Processos operacionais ineficientes
- Clientes que parecem bons, mas só dão prejuízo
- Produtos com alto custo de produção e baixa rentabilidade
- Erros de cadastro que afetam todo o DRE
Tudo isso estava lá. Mas sem espelho, ninguém via.
Portanto, se você quer que sua empresa evolua, precisa aceitar que os dados vão mostrar algumas “espinhas”. E tudo bem. Melhor tratá-las do que fingir que não existem.
A sabotagem sutil que destrói qualquer automação
“Não mostra esse filtro aí. Vai pegar mal.”
Esse tipo de frase é mais comum do que parece. A sabotagem dos dados, muitas vezes, não é mal-intencionada. Mas é fatal.
Veja alguns exemplos clássicos:
- Pedir para dividir o custo pelo valor bruto, em vez do líquido, para “melhorar a margem”
- Esconder linhas de devolução no relatório de vendas
- Excluir despesas recorrentes do cálculo de custo unitário
- Não considerar bonificações como parte do custo real
Pode parecer detalhe, mas são essas pequenas manipulações que comprometem toda a integridade do dado. E, se você está buscando como usar dados para automatizar decisões, saiba: ou você confia nos dados, ou melhor nem começar.
A cultura precisa vir de cima: ou tudo desmorona
Não adianta investir em ferramentas modernas se a diretoria ainda toma decisões no feeling. A cultura de dados precisa começar no topo.
Enquanto a alta liderança não entender que dados confiáveis são ativos estratégicos, qualquer tentativa de automação será apenas um teatro. Um teatro caro, por sinal.
Os dados precisam ser parte da conversa diária. E, mais do que isso, precisam ser respeitados. Isso significa:
- Tomar decisões baseadas em indicadores
- Parar de maquiar resultados
- Permitir transparência entre áreas
- Investir em capacitação contínua
Sem isso, o máximo que você terá é um BI bonito com uma planilha feia por trás.
Como começar agora, mesmo sem BI
Você não precisa ter um time de engenheiros de dados nem uma licença cara para começar.
Veja um plano prático:
1. Comece com um painel de vendas.
Mostre receita, impostos, margem percentual e margem absoluta. Isso por si só já muda a conversa nas reuniões.
2. Depois, crie visões segmentadas.
Por produto, por cliente, por região, por canal de venda.
3. Foque no que afeta o financeiro.
A pergunta de ouro é: isso impacta a última linha do balanço? Se sim, priorize.
4. Use o que você já tem.
Power Query, Excel, arquivos CSV, relatórios do sistema, ferramentas gratuitas. Dá pra começar com o básico e evoluir conforme a empresa amadurece.
A treta clássica: analista de dados x TI
Sim, essa rivalidade existe. Mas não precisa ser assim.
Muitas vezes, o time de TI está sobrecarregado com infraestrutura, segurança, suporte e integrações. Já o analista de dados precisa de agilidade, flexibilidade e autonomia.
A solução?
Aprenda a automatizar sem depender da TI para tudo.
E isso nos leva ao próximo ponto.
Ver tudo isso em vídeo? Temos!
Se vocês querem ver essas ideias, num papo descontraído, confiram o episódio completo lá no canal do YouTube da Dataevo.
É conteúdo técnico, com linguagem simples, e zero enrolação.
Ah, e você ainda pode ouvir no SPOTIFY clicando aqui.
Formação DataEvo: sua virada de chave profissional
Se você quer parar de depender da TI, automatizar seus relatórios, montar dashboards funcionais e fazer o nome na sua empresa, o caminho é simples:
Conheça a Formação DataEvo
Ela é ideal para quem:
- Quer sair do básico do Excel e começar a dominar o Power Query de verdade
- Precisa automatizar relatórios e consolidar planilhas de forma profissional
- Deseja aprender Power BI, Python, SQL e até N8N de forma prática e conectada
- Busca virar referência em dados dentro da empresa
E o melhor: tudo isso sem precisar ser da área de TI.
Não adie sua evolução. Porque automatizar decisões é o que vai manter seu cargo relevante nos próximos anos.
Concluímos que… Dados são a nova liderança
Se você chegou até aqui, já entendeu que saber como usar dados para automatizar decisões não é mais um diferencial. É uma obrigação.
As empresas que dominam isso:
- Tomam decisões mais rápidas
- Reduzem desperdícios
- Antecipam problemas
- Vendem melhor
- E crescem com base em fatos, não em achismos
E os profissionais que dominam isso?
Esses são os que sentam à mesa com a diretoria. Que viram referência. Que ganham mais. E que, claro, não perdem tempo com planilha quebrada às 2h da manhã.
Portanto, comece hoje. Nem que seja com um painel de vendas simples.
Porque no fim das contas, como o próprio Thiago Busarello disse no podcast:
“O que importa é o que aparece na última linha do balanço.”
E, para essa linha ser positiva, o dado precisa ser claro. E a decisão, automatizada.
Forte Abraço,
